Não pense no sangue
corrido
No beijo incalculado
que nem sabias dar
os lábios
e
o esperma
ainda
quentes de espera
(ou te espero: no infinito, onde pouco me atormentas)
Sou o filete
não o coração que sangra
E é no esquecimento
mesmo que te sofra
onde
en-contra-lento: seguirás um pouco mais alegre.
(porque felicidade tirei dos traçados da mão)
Esquece, e força a esquecer
que um dia a voz foi doce
e a pele quase pulsante
quase abraçava a tua
e te compreendia.
Nem tu imaginavas
que
era assim também
como gaivota
o vôo em
que dormimos
De nunca mais nem nunca mais se lembrar de mim: não é bonito
não sofrer?
Dói, que tenhas que me ter por saudade
Doeria mais se por caridade fingisse que
faltas em mim?
o que de mim basta
é me apiedar: e não sou tão alto nisso.
Por fim: as flores que te enviei
tinham
ou não tinham espinhos?
Um comentário:
Postar um comentário