Os comunistas odiariam meu amor
maior que meu país
e me odiaram os consumidores
por só te consumir
e me odiariam os conversadores
porque me autodestruo ouvindo os de cima
e os debaixo: vivem como demônios me perguntando
como se faz?
o quê? por que amor foi feito antes de nós, meu amor, e nós iremos lutar por dentro
contra tudo e todos?
já foi-se o tempo da espada e capa e máscaras-de-ferro.
eu não sei
eu não sei
meu amor
eu não sei qual a saída, que se não é morte, é bem-vinda, tentei amar (quem não te fosse)
e tentei colocar algum nome por cima da cama
tentei esparramar meu humor, amor, dor, tudo é com esse não-infinitivo.
e me obrigam a ser sóbrio
e me obrigam a ser mais que isso
ou menor
só que pequeno já nasci. nem por isso pássaros menores deixaram de cantar.
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