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21 outubro 2010

teu espírito (não-cujo versão)


é que se tens força
de adentrar o meu

e nos banhos em que fazes do teu pensamento
burlar o sentido entre saudade e fascínio

deveria ao menos, eu deveria, responder:
- enquanto percebes meus olhos em todas estas cicatrizes, minha língua lambida de si mesma entre as pias do teu nariz, enquanto te molhas nos meus segredos e secreto: pensas expandir teu selo.

enquanto eu entregue aos teus mamilos quase sóbrios
mais sóbrios que este teu braço gigante: a minha mão passeava pelo escuro das tuas belezas.

no teu espírito eu sinto a força pressentida
a premeditada cria: e cria de vários sonos concedidos.

deste-me o pão necessário, amor, amor, eu tenho o coração aberto
e sadio é meu corpo em ti.

(que agora duvidas ou não me viste por onde caminhas só)

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