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20 julho 2010

um início


nem sabia desse amor desajeitado
que sem jeito de um lado a outro
eu não queria pensar: mas esbarra em mim, me faz tropeçar no corredor da minha própria casa. que é reto ou deveria ser.

nem sabia mais ou não me lembrava
como era sentar em qualquer canto, pátio, ônibus, supermercado
e pensar em você.

eu não podia adivinhar que te trazendo pra minha casa
tu ficarias aqui.

então eu era uma ilusão da minha força
então eu era uma ilusão desta coisa fantasma que tenho sido
então eu não era mais a encarnação opaca e vazia de trazer à tona apenas o vento
e as ideias: onde elas param depois do amor?

eu vou morder o chão e esperar
porque de espera quem sabe você ainda me maltrate e depois me esqueça
e esqueça de ser sádico com meu medo.

2 comentários:

marcio markendorf disse...

gosto tanto quando se enche desse lirismo bonito, suave, amoroso.

Schaita disse...

às vezes, as pessoas simplesmente se instalam e roubam a nossa paz e gostam de ficar ali estáticas. Estáticas somente. Rindo da nossa cara... amorosamente...

Os seres humanos têm disso: adoram um amor ultrajado de maldade!
E a nós? Só resta fazer cara de paisagem mesmo e olhar o relógio para não se perder no tempo!