pela certeza, antes de tudo, esta maldita
de que eram os meus olhos que previamente cintilavam
em ver suas mãos, seus pés e dorso juntos (quem sabe)
teria que olhar para o umbigo, indo e voltando lentamente
controlado, devido a farsa pretendida
escorregando entre a garganta
previamente arranjada: uma voz de um sorriso leve
nunca exaltar o desejo e fingir que apenas estivera esperando pelo acaso
e aquela respiração tensa disfarçada pelos tantos maços de cigarro
ou pelo gole ininterrupto da fala: conversar quase aleotariamente sem perder o rumo
e não deixar as mãos escorregarem nem que por um carinho no ombro alheio
é que estavam alheios, ambos, em pretender antes
ter a certeza, essa maldita, de que a recíproca era a mesma:
daquilo que sabiam negar.
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