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06 junho 2010

entre nós

se eu te escuto a música que flui de mim
entre alguns cantos me modificam

(que eu tento não me lembrar, esquecer e deixar o caminho curto)

que eu me atreveria a não me deixar tombar
naquele sorriso teu
ou na maneira com que fitas as vezes o céu acima
e um pouco talvez por mim deixe escapar seus dedos sem querer

como o meu dedo tenta descansar
como o meu medo tenta desandar

o meu desprendimento talvez chegando ao fim
porque acertar não era a coisa mais bonita
(entre nós)

Um comentário:

ítalo puccini disse...

entre nós,
e sem mais que.

gosto por demais de teus poemas
que não diz mais do que precisam. ou às vezes que nem precisam dizer nada mesmo.

abraço.