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09 junho 2010

Carta ao Cavaleiro

Desculpa-me, armado, mas não sabias que a águia só abaixa a cabeça ao morrer?
Neste caso não demora ainda que os teus passos caiam antes de mim.
Tu tens te assustado quando não te moves de ti, tu tens te assustado quando nem me assombro com tua presença. E mais ainda, porque me viste em sonhos e nos teus sonhos eu era delicada.
Por que te pesas? Gosto de ouvir das tuas falas e entender dessas movimentações sutis que fazes ao me assistir. Sobretudo quando de costas e vendo-te logo aprendo a te render.
O tempo não passado, cavaleiro, ainda é o melhor de nossos dias, por que protelaste a minha morte é que eu te destruía.
E ao teu rancor, brevemente sentido, lhe trago trigo. Digo-te breve sentirás de mim, este ácido que se assemelha ao ódio, como a afiada face da tua espada eu quase senti nos ombros, posto te olhar ainda com o pescoço alto e sorrir os lábios da maneira que me convém.
Correrás para outros tantos ventres e nos teus filhos deixará os meus genes, porque eles se lembrarão de mim como,

Ana Boleña

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