e mesmo assim
ao me olhar no espelho
me lembrava deles
e ao me lembrar de mim: me lembrava um pouco que o vazio da minha pista
estava preenchido pelo que seu corpo dançava
se me disparava a beber
a fotografia última do seu sorriso
se me disparava em fugir
a fotografia última dos seus cílios
se me disparava em enfraquecer o amor iniciado: nem um carinho devasso
eu acordaria seco. e aqueles olhos castanhos tão perseguidos em mim. aqueles olhos limpos que eu tentava dominar. no meu sonho mais romântico: disparar.
no meu sono de amor, então, cavalheiro, me perturbavas o chão?
(eu) corria de lá pra cá, entre os corredores de gente. cada homem e mulher era um ataque.
sobrevivia ao cais de cada última garrafa.
cada gota não límpida. me revoltavam, os olhos em mim. e, por nada, o labirinto em que me vi:
me empurraste sem querer com teu carinho.
por fora um riso. por fora um último sinal de alegria. quem sabe um rompante novo: olhar demasiado para os outros olhos, de outras cores. que me usurpassem da tua memória fugidia.
2 comentários:
Simplesmente, Adorei!
Delicadamente
Perturbador
Mas libertador
Em outros olhos
Onde se busca
o Amor...
Mais que qualquer
Outra cor
O castanho é devastador!
Ô Brasil cheio dele!
Ai ai... muitos olhares... rs
te lendo, às vezes. belo texto. abraço.
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