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15 março 2010

à meia-noite: nem um castelo

conversa com ele
a conversa das fraquezas. esse frio na espinha vem do barulho de teclas.
esse calor sorrido três vezes
até se parece com um tipo de amor
(tão impreciso para qe. o frio derreta aos poucos: um homem frio deveria viver nos trópicos)
existe coisa além das coisas: o que eu enxergo é míope, não? não é de óculos. dizem.

conversa com ele
a conversa dos sábios e ri.
porque ainda rir bastante pra depois engasgar quase um choro: disseram que se emocionaria.

ou mentiram pra nós.

a gente escreveria um conto inteiro nas letras tecidas
de sinceridade, dentes e pequena distância. (ele está logo ali, pode chegar a qualquer hora se você convidar).

mas não é por um par romântico: eles nem sabem que eram ingênuos.
eles nem sabem que eram boas companhias (à meia-noite).

ele se surpreendeu que alguém o tenha acalmado.
ele me surpreendeu que eu estivesse tranquilo com todos os quilos na cabeça.
tinha medo de engordar. tivera vários medos e os disse todos: não fingiu.

era bom ter seu amigo.

punk, todos sabem, que é punk um coração cinzento.

punk, tolos punks, em serem descobertos.

(assim, começava um romance: escreveriam sobre a intensidade dos desejos entre dois amantes sem jeito. começava assim: - era uma vez os paradigmas e para não dizer muito: um amou o outro do seu jeito.)

gargalha um pouco
que esses dois amigos se divertiriam (ou a nós mesmos)
sendo
na amizade.livre.s. - de pensamento

Um comentário:

Izabel Garcia disse...

Uma forma bem forte de usar as palavras... são poucos os que percebem a força que ela tem.