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26 fevereiro 2010

Na tua ausência

tu não me perdeste, porque estou de torcida
no meio daqueles olhinhos todos
no meio desta inteira multidão: eu enviei um sorriso que rebatia entre os prédios

nem me importo de dormir aqui (onde todas as camas são tuas)
por todas as noites que pensaste em mim
eu vi teus lábios tremendo daquele jeito que só tremem vez ou outra
no esquecimento de si

ouvi tuas mãos perto do meu rosto enquanto eu dormia

ouvi teus passos: era tão frágil a nossa respiração

Tu te lembras dos dias em que estivemos juntos na lavanderia?
Ainda sinto um cheiro de sabão azul nos meus braços
(pra me lembrar de ti)

E tuas fotos, todas elas, eu guardei pra vez ou outra te re-ver: tens me passado
monte de alegrias

É a tua ausência que é boa em mim
Em teus olhos de anjo eu rezo mil beijos

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