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07 agosto 2009

no teu ódio

nas vezes em que sinto o ódio
em tuas narinas
não sangram mais
quando é luz
eu mesmo sei

nas vezes em que sinto o tremor
desses teus lábios
não evoca mais
o que de fato não é teu
nem sou mesmo um furto

porque cansava da alegoria e do descaso
é que sentei em cima de mim
descansando ombros em periferias

longe vês: escolas do amor?
não em mim que te tenho por cuidado
indo conforme chove e conforme inverna
verbo que me faz sacro.

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