É, meu amor, que falta pouco
pro tempo das sombras passarem
e eu tentei
tentei tão fortemente que as sombras fossem minhas amigas, que me dessem respostas
que não se exigem
nem das sombras, nem das sombras
a morte existe devagar, e o poder e tudo aquilo que o ser humano quer é que ando todo
abandonado
de repente me alivia
mas nosso amor, amor
não, não esqueço, não esqueci
não abandonei, não deixei
não parei de vir
não parei de ti.
Parei apenas das coisas não vistas.
Christiano Scheiner
Literatura Brasileira. BlogPoema, blogLiterário: diário. Íntima formatação das letras. Fictícia às vezes, amaciada com os cuidados, estes próprios da humanidade minha.
11 julho 2015
29 abril 2015
Das mãos
Sim, ferramentas tontas
dos meus delírios
coisa tola dos amores.
Minhas mãos
são as mesmas que me sorriem
e na ingratidão dos meus olhos
ainda prosseguem, persistem
me afligem, sacodem em mim.
Mãos, tão maternas das minhas ideias
tão quietas com o envelhecimento diário
de cada coisinha e cada coisinha mais atentas ficam
Mais, que a alma quando perde todo seu encanto
e depois vê que naqueles dois cantinhos do corpo
estavam lá: prontas pra versar carinho.
dos meus delírios
coisa tola dos amores.
Minhas mãos
são as mesmas que me sorriem
e na ingratidão dos meus olhos
ainda prosseguem, persistem
me afligem, sacodem em mim.
Mãos, tão maternas das minhas ideias
tão quietas com o envelhecimento diário
de cada coisinha e cada coisinha mais atentas ficam
Mais, que a alma quando perde todo seu encanto
e depois vê que naqueles dois cantinhos do corpo
estavam lá: prontas pra versar carinho.
07 abril 2015
Da tristeza de quem fica
Que eu fique triste
e dessa imensa tristeza, porque fico
venha tanto tanto calor
(como as boas lembranças)
que meu corpo (não só a alma)
fique quente, tão quente
da pele respirar o ar mais que os pulmões
e o ar me transforme,
de vez, em pura poesia.
(não poeira).
Para uma amada amiga que partiu
e dessa imensa tristeza, porque fico
venha tanto tanto calor
(como as boas lembranças)
que meu corpo (não só a alma)
fique quente, tão quente
da pele respirar o ar mais que os pulmões
e o ar me transforme,
de vez, em pura poesia.
(não poeira).
Para uma amada amiga que partiu
24 março 2015
Talvez eu tente mais devegar
Talvez eu queira
mais doce
também
Talvez eu possa concertar
quem nós somos
e talvez é advérbio incerto
Talvez ao tentar nos concertar
eu já tenha mudado
que eu seja (meu amor).
Meu, amor, no, entanto, será
igual.
- Porque amor não tem concerto, não era assim que diziam?
mais doce
também
Talvez eu possa concertar
quem nós somos
e talvez é advérbio incerto
Talvez ao tentar nos concertar
eu já tenha mudado
que eu seja (meu amor).
Meu, amor, no, entanto, será
igual.
- Porque amor não tem concerto, não era assim que diziam?
08 março 2015
Desses dias em que a terra treme
Pois eram os lábios tremidos
e a língua torcida
e a garganta inflamada do meu nome
que nem soube mais
falar o teu.
e a língua torcida
e a garganta inflamada do meu nome
que nem soube mais
falar o teu.
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