eu caminhei por anos e anos
em escuridão e luz.
eu caminhei sem você nos meus braços
mas que de carnalidade precisa o amor?
se era simples te sorrir. eu caminhei sem pensar no futuro. ou no presente. eu caminhei, e parei algumas vezes para descansar. segui em frente e em círculos. e quando não éramos mais tão jovens eu estive lá.
eu estou aqui. eu andei sem bússola e evitei os mares: sinceramente os mares me causam arrepio.
eu estive na terra. eu andei em terrenos fracos, até perto dos rios. eu estive sóbrio. eu estive perdido.
mas não mais: de frente ao teu espírito, meu amor é o mesmo. eu já te perdoei. eu já me perdoei.
o teu amor que me fez humano e me prossegue. eu não estou mais perdido, eu não estou mais entre as florestas. eu estou com frio. eu já sei nadar. eu sou um nome crescente.
e nós, meu amor, é apenas mais um desses pronomes que não nos pertence.
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