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03 setembro 2011

Carta não entregue ¬ 007

De uma flor nos lábios, sou o silêncio extasiante da perseverança.
O incansável que se macula.

O suor que entre gotas quentes refresca.

A lágrima que entre tristezas se revela em sorriso de paz. Beijos ainda seriam tão poucos a te oferecer.

Eu só espero que me perdoes, que tudo o que quis fiz do contrário.
Eu não queria que sofresse: nunca me quis também chorado.

Hoje sei que ainda posso viver com uma ausência tua. E sei igualmente que seria tão melhor se nos encontrássemos para que os demônios todos fossem perdoados.

Sem estação, 1999

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