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06 setembro 2010

nada há que lamentar do meu amor por ti

fruto de um amor insólito: quase sem coração enxerguei um mundo.

e toda aquela maldade humana e todo aquele saber eterno
nem um deu conta de me tornar pior: estive atento à ingenuidade adquirida.

o meu amor é muito maior que meus braços segurariam
mas é que nasci pequeno

e no futuro morrer sem ti
ainda que triste sina
não me deixa os passos curtos
agora eu vejo um arco-íris por trás de mim

no hemisfério em que me encontro as lágrimas se tornaram luz
de iluminar noites solitárias também.

meu amor, que me evocas e sempre estarei aqui
que me evocas e mesmo sem ti
por todos esses anos: não me confundi de mim e do meu destino
fiz ao menos uma história verdadeira.

estou inteiramente forte para não te julgar
para nunca te ferir

ainda que ouse seduzir alguns homens por companhia
é a tua ausência o meu destino preferido.

nunca terás do meu olhar dor que não se vá
porque se vai sempre qualquer coisa que tenha sido insuportável
apenas no relance do teu sorriso
e nele mesmo, duração de um segundo, eu fico
pelo tempo indeterminado
que meu amor
ordena.

e me ordena de maneiras bonitas.

2 comentários:

ítalo puccini disse...

"o meu amor é muito maior que meus braços segurariam
mas é que nasci pequeno".

achei isso formidável, chris. o ponto máximo do poema sempre tão bom e repleto de caminhos, de leituras.

grande abraço!

josé-virgílio disse...

acompanhando.
abraço.