não, meu amor, que no teu nascimento não estive nem na morte me espere. não tenho medo nem das tuas evocações que fizeram da prosa um sonho bom. não temo nem a vingança dos anjos que nos uniram em traição que são todos estes pequenos cristãos. não temo o rosto da tua desgraça: todo dia um pouco mais em chagas.
temo não ter forças por que de amor vivi rouco.
temo não ter a própria coragem de vendo-te derreter fim a fim de repente queira descansar ainda sobre seus cílios. temo amor perder toda a conquista de mim no teu novo inferno.
atenta: que logo chega o crepúsculo e ele te será belo.
atenta: que se me tornas único por qual intento? Ainda faço do teu ódio o meu verso predileto e me demoro em viver, porque de vida não me canso: estendo as mãos ao porco e nem um pouco nem das unhas cortadas eu lhe deixo ou deixarei no dia da tua partida.
4 comentários:
experimentação de versos mais longos quase prosa?
gostei.
a voz narrativa dos teus escritos sempre me impressiona.
abraço!
eu sempre estou experimentando, o quanto posso, mas haverá logo uma lacuna de poemas, porque a ficção tem me rondado bastante ultimamente, eu é que não me dediquei tempo a ela mais.
como tu lidas com teus escritos?
um abração,
Christiano
agora há uma fase, em mim, de variar mais. foi um poeminha lá no blog. foi um conto costurando trechos de músicas da legião. e ganhei segundo lugar, com outro conto, inédito, num concurso de contos cá de jaraguá. ou seja, variando, experimentando. mas minha escrita é muito de ensaio e resenha nos últimos três, dois anos. e de artigos acadêmicos também. faculdade é isso, meo =D
qual teu e-mail? deixa lá no meu blog, nos comentários... vamos trocando, daí.
abraço!
falas da vida real com muita poesia... muio boa, que se diga...
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