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13 novembro 2009

O chamado

que me chamava de meu amor
em outras línguas
e distorcia as minhas crenças
talvez até cresse
que me salvava do inferno
- que eu criei pra mim, eu sei, criei e nunca mais.
e ele dizia, com seus olhos de humanidade, bela, que era lindo de ver brilhantes: para que eu parasse com isso, vivesse, que a vida era normal e boa, e até dourada a quem é ouro.

porque odiava ter de-se lembrar de si (em tempos claros)

quem odiava antes ter de se lembrar que a partir de então seriam fraternos?

falava a mim mesmo que o outro (dia) seria são e as nuvens - todas saudáveis - atravessariam por sobre o teto, sem que eu visse seu rosto pelos argumentos (é mais sólida a pele que o incrível fictício dos critérios).

algo como a água do mar - que nunca tocava - sim, porque tinha medo, e isso confessava sem pudor

(mais que o inferno, eu dizia e chorava e dizia e chorava até dormir)

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