antes
espiar-te pela memória recente
o beijo quase-beijo nos teus ombros
e o narizinho vermelho de vergonha
era
a timidez de um encanto
um bom sonho que de tátil em tátil
me seduz ao improvável
aquilo que não se prova de mãos fechadas
e o corpo semi-nu quase suava por
entre as
lavadeiras
e os seus barulhos
giratórios
omissos de nós que ficamos um tempo parado
vendo
a espuma escorrer
era o silêncio de um selo dado: estava aí o nosso amor
meu amor, meu amor, só de sorrir...
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