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14 julho 2009

Eu nunca te perguntarei
portanto, tu nunca me responderás: e assim, com o tempo, nós aprenderemos a forçar o silêncio. Nada mais puro que o silêncio, nada mais promíscuo e imundo que o silêncio: nada mais tudo é igual silêncio.

Logo quando o zero se valoriza
e o logos de uma razão, que razão?
a existência? nela é que se persistem as letras também
e delas faço do meu querido punho uma armadilha bem-dita
(ao menos que eu sinta o prazer de não lhe dizer nada nem lhe responder nada: posto que tuas perguntas eu nem escutei, sobretudo se fingi que não escutei).

Ora, ora, anda como Bolena sobre as curvas. Ando.

Piso também, num chão de insensatez que se caio a chorar, logo sei levantar os olhos e os cílios: como secam-se rápido ao movimento.

Não percebeste ainda que o sonho morreu e morto, meu querido amante silencioso, eu é que vivo mais. Não há misticismo em ter de mim o que se foi:
ido é uma palavrinha que nem existiria
não concordas?
discordas?

mata-me agora que sabes o endereço. na tua tortura eu lanço um lenço e uma echarpe que te aqueça em dias de vento, não necessariamente no inverno, sobretudo destes ventos admito que são vozes minhas um sopro que te arrepia a nuca. se ainda não morri: escuta.

beijos, seu chrisinho.

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