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30 janeiro 2009

Do medo (que eu não tenho)

Que é o medo do desejo

Eu não tenho

É e que do medo se
deixa

Não tenho

E que do medo
se levanta
não comigo

O desejo é fruto de mil cabeças
e eu as gosto tanto
tantas e tantas faces
que de mim tiram e mordiscam: sonhos que posso alimentar a vida
inteira eu estou dizendo
e proclamo
também
é tão democrático o desejo
quanto o
suor

(e os suores também feito a dois)

Eu que desejo pouco
quando me arrebato
sou imensamente
grato
e
me desculpo, me dá frios na barriga de horrores
uma poliana louca que salta e grita:
desejo desejo, em que mito tu escondes tuas virilhas?

ah, eu que não tenho medo
da alegria
- nem das alergias possíveis causadas pelo impacto (!!!)

eu, ah, que não tenho
receio
de ser levado

E nisto estou seguro
O demônio ou anjo de mil faces
me disse um dia:
deseje e quebre a cara no meu rosto de mil faces
que nesta
cara-tua eu gozo
e
com vontade de ejacular sempre minhas todas mil salivas
de sabores.

medo, como eu te adoro pouco
porque és só o frio
na espinha-corajosa.

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