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18 maio 2013

Último poema (depois que morrias)

Este é o poema que não te escrevi
Enquanto amassava tantas palavras
e linhas que diziam  certas verdades

mas nunca inteiras: eu tenho medo de ti.
Tenho medo desse olhar de estupro.

Tenho medo das tuas mãos
e de quando me deixas inquieto:
jogando meu passado pra cima
feito esses canários que matavas
quando criança.

Eu tenho medo de ti.
Tenho medo de que meus olhos
ao passar do tempo vejam
teus segredos simples, assim,
como bobagens diárias.

E tu não percebias
enquanto eu morria
o quanto era belo
Fingir
não te olhar outra vez.
(jamais jamais)

Um comentário:

Anônimo disse...

Você é o meu emissário.
E no final a emenda.
Ander