Destinatário desconhecido,
Se meus lábios não são suficientes para carregar os teus e os meus dedos, frágeis em não te tocar, não servem nem ao alívio das pequenas dores, por que me olhas com esta coisa tua de fome?
De certo seria um bom pedaço de carne, mas não consegues vislumbrar da humanidade em mim? Possuída de mistérios e contos oníricos de te voar noturno e sereno.
Segue a tua estrada assim, de coito em coito te lembrarás de mim e da certeza que há nas palmas de minhas mãos.
Com afeto,
C.
Sem estação, 2006
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