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07 dezembro 2010

Qual força


Me conhecera no tempo das chagas: e por estarem tão bem disfarçadas
não soubera

- amor
há muitos
de engano.

E era com o tempo de perceber no meu silêncio a displicência adquirida
com a dor o tempo muda: e modifica até os nobres

E pelas palavras, quanto mais as lia, mais
me desconhecera
- eu
que era sincero.

A crueldade explícita dos olhos
era não deixar lágrima arrotada nas mãos (nem em fotografias)
por fortuita força esticava o pescoço ao céu:
tinha a certeza de me ver sorrindo.

Ou aprenderia a sorrir comigo, amor pequeno: o que crescera sem mim?

não estive lá: mas todo um borrão dos teus sonhos precipitados

Agora entendera que não se seduz o covarde nem o ferido
nem o que se cansara tanto
que até parecia
forte.

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