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07 maio 2010

me gosto de te gostar

tudo o que eu queria antes.e.depois.
tudo o que te queria. tudo que te gostava.
nem eu talvez me gostasse tanto de lavar os pés.
nem gostasse da geleira. nem gostasse do mar. tem coisas de se fazer sorrir também: meus dentes sujos de cerveja.

inútil sentimento. porque não é feito pra ser útil mesmo. eu penso.

era pra eu ter chegado bonito. era pra eu ter chegado.
era pra eu não ter partido. mas me partiste tanto e tanto. que doeu.

dói bastante não conhecer mais.
dói bastante e ao mesmo tempo, porque sou alegre, depois passa.
ao mesmo tempo depois passa. podia ser um nome de uma letra de música. não de poema.

eu tinha uma coisa decorada pra te dizer. mas acho que você nem conseguiu ver.

eu não sei o quanto você sorriu pra mim. se sorriu. ontem. antes de ontem. todos os dias eu queria te ver. daí sim, tu poderias ter certeza de todas as coisas.
que não tenho um coração seguro, embora a segurança de estar ao teu lado. das poucas vezes em que estive aí contigo. dentro de ti, se for o caso.

que não tenho grandes projetos a não ser o de ser útil. e meus lábios úteis, se forem o caso.
daí sim é útil o que se faz do amor.

ou não usaria palavras tão fortes: este gostar pequeno que fica grande grande e de enorme explode em outra coisa. daí volta a ser pequeno pra gente não ser ambicioso demais com a alma.

eu vou ser mais coerente da próxima vez: de como fui com água embora descendo a ruazinha. eu sou uma água forte porque feito água eu subi tua rua pra tentar te encontrar.

4 comentários:

ítalo puccini disse...

gosto dos teus escritos. do teu trato com as palavras. das possibilidades de escrita e de leitura que permites.

grande abraço!

marcio markendorf disse...

tem horas que você ataca e rasga o mais doloroso da paixão.

Talita disse...

é bonito o teu escrito. é bonito também porque, não querendo, me reconheço

tipo aqui:

"dói bastante não conhecer mais.
dói bastante e ao mesmo tempo, porque sou alegre, depois passa."

mas gosto, disso e do resto, por que dá pra ver o que foi vivido, mesmo que não tenha sido e que seja tudo inventado, são carnes que falam

Talita disse...

obrigada pelo seu comentário também :)
também gosto do seu blog.
sou de santa maria, rs.
beijos!