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19 abril 2010

pensava no que te pesavas


tu já pensaste?
que poderia fazer de mim o que quisesse
do meu corpo, dos meus miados, dos chiados (meus gatos)
do falo aos lábios
há uma dança esperando por nós

entre as paredes
ou na solidez líquida de um lapso

tens te assustado com o fantasma que sou: memória de possibilidades

as peles macias se beijam sem religião
por esta legião confusa que nos invade: deixa a solidão aos ares (por favor)

por que?
mais nos encontraríamos de fantasia em fantasia
em termos amado
nos intervalos: tristeza pobre pode não ter final.

deixaria de olhar aos céus
e me dedicava
a observar os traços
na tua pele reinante
costuraria um pouco
dos meus sonhos (tão_bem).

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