o menino
conhecia um tempo de ainda abrir os olhos, depois das lágrimas
as pernas corridas no vão da cama, ansioso por seu coração doído
era corajoso também nas partidas.
sabia que a tristeza era um prenúncio apenas de que as coisas estavam indo bem:
como é normal pegar a chuva durante a travessura
o tênis molhado de amor tinha uma delicadeza trágica
mas era só tênis, menino.
soube correr por entre os muros, cavucar a terra e entregar sua carta de amor.
soube sorrir, fingindo bem, da molecagem que seu coração curtia.
soube roubar laranjas para dar de presente; ainda que mais tarde pudessem apodrecer
na cesta, deixada assim, tão cuidadosamente
do lado da
tua calçada.
Um comentário:
Amar meninamente é algo sublime: não vemos maldade, não vemos pessimismo, não sentimos o pior... amor de menin@ é puro, límpido como as águas profundas, sem rusgas, sem dor, sem mortandade... Ah, meu amor de menina!
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