meu grande amado
nos meus olhos castanhos: um verde abraço
ainda que às vezes
eu dance demais por entre as costumeiras requebrantes
e disfarce tanto amor no embriagante riso e cínico: rio, por que será?
há um vento em cada hálito bêbado
que me joga: já deves ter visto algodão flutuar em cabarés
sou
decerto - como quem drena e seca os lábios
a morder de novo o espírito-álcool dos remédios e inteiros: não me mordo
não, não meu grande amor
não te engano em versificações: sou-te e sempre um bom vendaval
e tenho, como Cristo tem
os
braços
abertos
sim?
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