Powered By Blogger

30 janeiro 2009

sou a flor que nasce em terra seca

Agora é sonho
não é um simples devaneio

eu mastigo a cápsula rosa
com todos os meus defeitos

desenho rosas no avesseiro
(que é onde a gente-ave!)

depois me coloco à tua disposição:
sabes tanto que por estes anos
eu percorri histórias
sabes bem que por estas histórias
nada, nem um pouco, de nós.

Embora a vida tenha corrido rápida-vida de arrepios
eu ainda me delicio
em ter a pele bem macia
e os ossos bem transparentes
a cintura fina
o cabelo sem jeito
e dois óculos perfeitos

meu cérebro: tão cheio de pausas que às vezes emburreço

e neste emburramento
é que vivo de amores

(não é irônico?)
Não.
não é.

Eu tentei aliar as coisas
ligar: mas nunca fui bem
em eletrecidades.

me amar, não é algo a ser definido como fácil ou perigoso
é algo a se amar
(ou alguém, se não for o caso de uma jorrada feroz)

o importante é que eu não sinta tédio.
e que, quando eu sentir, eu possa brincar nos teus pentelhos e talvez rir...
talvez rir.

é claro que eu quero ser amado. sobretudo este amor tão livre que me deixe em paz.
(paz de espírito não existe, se ainda encarnado)

eu te amo
e sempre.

Nenhum comentário: