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03 fevereiro 2008

o prazer do bem

é um prazer fazer o Bem
muito se escreve sobre os prazeres sádicos do mal, seus crimes, suas motivações epidérmicas, mas pouco ouço falar daquilo que é também de igual êxtase quando se toma uma atitude, mínima, mas humana, possível de nos encher de alegria própria num simples gesto. Ou eu nem diria simples, complexo, dado aos conflitos desnecessários criados pela nossa atual cultura de que o bem não vale a pena.
Vale sim, e por que vale? Independente de uma reminiscência cristã, a palavra BEM, já ultrapassou os séculos igualmente com todos os outros termos utilizados para tentar descrever aquilo que temos de melhor e que de melhor fazemos para outro ser humano.
Sem dúvida, muita gente questiona esse nosso potencial, e haverá quem tentará relativizar o Bem. Porém, não foge das carências íntimas e às vezes pequenas de um ser humano que tudo e em muitas condições no mínimo já precisou alguma vez de um : colo - outro - e humanamente igual.
Várias vezes ouço de semi-objeções contra o bem, de quem no muito e sem muito custo já me pediu - e doou - coisas de humanidade: um ombro, um pedido de ajuda simplório, uma conversa compreensiva e sem julgamentos.
Eu insisto no Bem, não por ser cristão nem por algum motivo religioso, mas por crer, de verdade, de quem faz o mundo e sua cultura é o Homem, e é que nele aposto suas potencialiades mais positivas.
O prazer do bem, o prazer que se sente com um ato de bondade, isso ninguém tira e, além de ser totalmente legal, está na base da história que se transformou numa bola de neves de desesperados.
Por enquanto, penso nas coisas boas que realizei, para mim e para os outros, e sobretudo naquelas mais difíceis de elaborar planos para que tanto o outro quanto eu mesmo saímos ganhando: o bem é um cálculo difícil de se fazer, nisso eu concordo.
E não é super-homem, nem gênio, nem magnata, e muito menos santo aquele que o consegue fazer, pois antes de tudo é preciso experimentá-lo, degustá-lo, como algo carnal que somos todos nós.

Eu trago o Bem de lá onde colocaram por divagações do Espírito
à minha carne como um beijo.
eu trago o Bem, de lá do Espírito: ao meu abraço.
À paciência e curiosidade ingênua em conhecer meus amigos (e admirá-l0s)
em ter confiança e fé, não em deus, mas no homem, porque ele é provedor das minhas necessidades: com seu suor, com seus desejos de realizar impossibilidades, com suas marcas nas testas (e não só homens de trabalho pesado, homens há também de gravatas que têm lutado junto numa corrente interminável, pois faz parte dos nossos genes, ainda que nos Iludamos que ele, o bem, não exista).

Na escola meditamos muito sobre nós mesmos e nossos futuros e nossa inteligência por meio de nota. No caminho solitário, mas nem por isso entediante do bem, quem faz essa avaliação somos nós mesmos e meditamos muito para agir pelo bem de futuros NOSSOS.

logo vem a sensação, sem culpa, de desfrutar desse inominável (para quem não quer utilizar as palavras amor ou bondade) sentimento acolhedor ao próximo e do próximo.

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